O Presidente francês, Emmanuel Macron, condena "a violência das Forças Armadas israelitas contra os manifestantes" palestinianos em Gaza e lamenta "o grande número de vítimas civis, hoje e nestas últimas semanas".
Em comunicado do Palácio do Eliseu é revelado que Macron falou esta segunda-feira por telefone com o rei Abdallah II da Jordânia e com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmud Abbas, e anunciado que vai falar na terça-feira com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Além de condenar expressamente a violência exercida pelas forças israelitas, o presidente francês instou "todos os responsáveis à contenção e à desescalada" e reclamou que "as manifestações dos próximos dias continuem a ser pacíficas".
Da mesma maneira, Macron reiterou a reprovação do seu país da decisão dos EUA de abrirem a sua embaixada em Jerusalém, que foi inaugurada esta segunda-feira, e garantiu que o estatuto da cidade "só pode ser determinado pelas partes, num quadro negociado sob a égide da comunidade internacional".
Macron exprimiu a sua "viva preocupação" pela situação em Gaza, Jerusalém e cidades palestinianas, depois de pelo menos 58 pessoas terem sido mortas hoje e ais de duas mil feridas nos protestos em Gaza.
O dirigente francês sublinhou ainda "o direito dos palestinianos à paz e segurança" e reafirmou "o seu compromisso com a segurança de Israel", bem como com a solução de dois Estados, israelita e palestiniano.
De acordo com o mais recente balanço avançada pela agência Reuters, 58 palestinianos morreram e 2.700 ficaram feridos nos confrontos desta segunda-feira, na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel.