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O Governo português espera que a recusa grega de enviar para Portugal refugiados da comunidade yazidi (minoria perseguida pelo autoproclamado Estado Islâmico), seja um engano.
“Esperemos que se trate de um mal-entendido”, diz à Renascença o ministro adjunto, Eduardo Cabrita
“Não há qualquer tratamento discriminatório, há sim uma atenção, de acordo com as regras europeias, relativamente a um grupo considerado especialmente vulnerável”, explica.
Eduardo Cabrita sublinha que Portugal assumiu o “compromisso de receber cerca de cinco mil pessoas” e manifestou “disponibilidade para receber cerca de quatro centenas de pessoas da comunidade yazidi, a partir da Grécia”.
É a resposta à notícia divulgada na terça-feira à noite pela agência Associated Press, segundo a qual o ministro grego responsável pelas migrações, Ioannis Mouzalas, considera que a disponibilidade portuguesa discriminatória face às restantes etnias.
O Governo português vai pedir esclarecimentos a Atenas, afirma o ministro Eduardo Cabrita.
Já esta manhã, também à Renascença, a eurodeputada Ana Gomes, que se tem mobilizado em torno da causa do acolhimento de refugiados na Europa, considerou “completamente absurda” a acusação da Grécia a Portugal.
“A prova é que Portugal tem recebido refugiados de qualquer etnia, religião ou proveniência, muitos deles vindos da Grécia”, sustentou.
A chegada a Portugal do primeiro grupo de refugiados yazidis estava prevista para as próximas semanas.