“Vamos juntar-nos aos nossos aliados e isolar ainda mais a Rússia colocando pressão adicional na sua economia”, afirmou o Presidente norte-americano, Joe Biden, na madrugada desta quarta-feira, hora portuguesa.
Desta forma, falando perante o Congresso dos Estados Unidos, no seu primeiro discurso sobre o “Estado da União”, Biden anunciou a proibição dos voos da Rússia no espaço aéreo norte-americano.
A medida mereceu uma ovação dos congressistas norte-americanos. De recordar que um total de 37 países, incluindo todos os membros da UE, Reino Unido e Canadá, já tinham anunciado encerramento do espaço aéreo a companhias aéreas russas.
Logo de seguida, no seu discurso, o Presidente norte-americano afirmou que “as transações económicas com a Rússia permanecem suspensas”, culpando o líder da Rússia, Vladimir Putin, pela atual situação e assegurando que "Putin vai pagar um preço muito caro" pela ofensiva militar.
Joe Biden disse que as forças militares dos Estados Unidos não vão envolver-se no conflito, na Ucrânia, mas disse que vão defender os países aliados que pertencem à NATO. “As nossas forças não vão para a Europa para combater na Ucrânia mas vão para defender os nossos aliados. Com esse objetivo mobilizámos forças terrestres, esquadrões aéreos e embarcações, para proteger os países da NATO incluindo Polónia, Roménia, Lituânia e Estónia. Os Estados Unidos e a NATO vão defender cada centímetro desses territórios”, assegurou.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.