A variante Delta (B.1.617.2), originalmente detectada na Índia, apresenta uma prevalência de 100% no Norte do país e na região do Algarve, de acordo com o mais recente relatório sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), divulgado esta terça-feira.
Já a região de Lisboa e Vale do Tejo, onde na semana anterior a mesma variante foi responsável por 99,11% dos casos de Covid-19, regista agora um aumento na circulação da variante Gamma (2,78%), inicialmente identificada no Brasil.
Na região Autónoma dos Açores, a variante Beta, anteriormente conhecida como estirpe da África do Sul, representa 5% das infeções identificadas na semana de 19 a 25 de julho.
“Entre outras variantes de interesse em circulação em Portugal, destacam-se as variantes B.1.621 (detectada inicialmente na Colômbia) e Eta (B.1.525) (detectada inicialmente na Nigéria)”, lê-se no mesmo documento.
Ambas as variantes apresentam uma baixa frequência em Portugal, representando menos de 2% dos casos de infeção por SARS-CoV-2, desde a última semana de junho.
O INSA analisou até à data 13.256 sequências do genoma do coronavírus SARS-CoV-2, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios/hospitais/instituições representando 297 concelhos.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, têm vindo a ser analisadas uma média de 601 sequências por semana desde o início de Junho de 2021.
Estas sequências foram obtidas de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 Distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 118 concelhos por semana.