O bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, pede a todos os cristãos que não deixem que lhes roubem a alegria e a esperança do verdadeiro Natal.
“Não deixemos, por nada, que nos roubem a alegria e a esperança do verdadeiro Natal! Com criatividade, tornemo-nos casa e caminho para que estes bens alcancem a todos”, pede o prelado na mensagem natalícia.
D. Nuno Almeida nota que “um ambiente consumista ‘apoderou-se’ do Natal e de tudo o que o rodeia”, referindo que do Natal se “aprecia a poesia, a amizade que suscita, os presentes, a abundância das mesas, as luzes, as estrelas, os cânticos”.
“O nosso mundo aposta no Natal, tendo em vista o maior lucro do ano, mas não se lembra de Jesus!”, lamenta o prelado, realçando que Jesus ‘veio ao que era Seu e os Seus não O receberam’ (Jo 1, 10) e ‘não havia lugar para Ele na hospedaria’ (Lc 2, 7), nem sequer no Natal”.
Para D. Nuno Almeida, “a diversidade de atitudes e de celebrações natalícias indiciam que no coração de todos cresce a sede de fraternidade”, destacando que os “‘bens relacionais’ são cada vez mais preciosos, porque, à medida que se dá o aquecimento global do planeta, parecem tornar-se cada vez mais frias e fugazes as relações humanas”.
“Apesar da guerra que parece imparável em Gaza, em Israel, na Ucrânia, no Sudão do Sul e em tantos outros lugares, a luz e o calor do Presépio aquecem o coração, afastam os medos e iluminam fraternalmente os rostos”, assegura, apontando que “o Natal somente nos autoriza um olhar de irmão e irmã, pois foi para realizar o sonho da fraternidade universal que Jesus nasceu em Belém!”
Na sua mensagem de Natal, intitulada “Presépios vivos de alegria e de esperança”, o responsável da diocese do Nordeste Transmontano, elucida ainda que “o ‘Menino de Belém’, apresentado e reconhecido como ‘Príncipe de Paz’, continua a irmanar-nos íntima e solidariamente com todos os que passam tribulação”.
“Deus quer continuar a anunciar ao mundo a alegria e a esperança do Seu amor, também através de nós”, esclarece, afirmando “como é bom tudo fazer para que à nossa volta cresçam a comunhão e a fraternidade, pois o Natal acontece sempre que alguém encontra alguém, o trata como irmão ou irmã, lhe abre a casa, o coração e lhe estende a mão”.
Lembrando que em cada ano, desde há 800 anos, são construídos presépios lindos, originais e há até presépios ao vivo, o prelado indica que “se acolhermos a mensagem do verdadeiro Natal, compreenderemos que o mais importante é que haja presépios vivos: o meu, o teu, o nosso coração! É aí que Jesus quer renascer!”.
“Presépios vivos são também as famílias e as comunidades da nossa Diocese ‘unidas e reunidas no amor verdadeiro, para oferecer a todos a alegria e a esperança do Evangelho’!”, indica.
“É nestes ‘berços’ que Maria quer de novo colocar o seu Filho para nos iluminar. Neste Menino sentimos Deus ao nosso lado, Deus connosco, Deus para nós, Emanuel”, conclui, desejando a todos “um santo Natal e feliz Ano Novo”.