O primeiro-ministro lamenta a falta de acordo para os cargos de topo na União Europeia. António Costa fala num “resultado frustrante” e responsabiliza Itália e os países de Leste do chamado grupo de Visegrado.
António Costa falava aos jornalistas, em Bruxelas, após a suspensão da cimeira extraordinária para escolher o próximo presidente da Comissão Europeia e o alto representante da União para a política externa.
O primeiro-ministro português sublinha que este é um “resultado frustrante” por não ter sido possível alcançar um acordo nesta cimeira e que há uma incapacidade dos líderes europeus em conseguir soluções.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, deixa duras críticas à falta de acordo para os altos cargos comunitários, mas ainda acredita que seja possível alcançar um consenso na terça-feira.
“Terminámos o dia com um falhanço. É uma má imagem para o Conselho e para a Europa. É claro que este falhanço, por vezes, se deveu a ambições pessoais”, disse Emmanuel Macron aos jornalistas.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, disse que as divisões entre os líderes dos 28 Estados-membros estão a dificultar muito o “fumo branco”.
“Vamos encontrar uma solução amanhã. Sinto uma enorme frustração ao ver que um acordo está a ser extremamente dificultado pelas diferenças na União Europeia”, declarou Pedro Sanchez.
“Incrivelmente complicado” com muitas “fações políticas”. Foi assim que o primeiro-ministro da Holanda descreveu o processo de escolha. Mark Rutte não dá como certo que seja possível alcançar um acordo na reunião marcada para terça-feira.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, avisa que os países de Leste e a Itália não aceitam o holandês Frans Timmermans para o cargo de presidente da Comissão Europeia.