Amorim compara-se com Guardiola. "Aqui é a primária, aquilo já é a universidade"
14-02-2022 - 18:38
 • Renascença

Treinador do Sporting considera que o rival do Manchester City está num patamar à parte, de referência. Amorim acredita no apuramento para os quartos de final da Liga dos Campeões, apesar de ser mais realista do que os seus jogadores.

Rúben Amorim, treinador do Sporting, considera que ainda está num patamar bastante inferior ao de Pep Guardiola, treinador do Manchester City, rival dos leões nos oitavos de final da Liga dos Campeões.

"Aqui é a primária e aquilo já é a universidade", destacou o técnico do Sporting entre sorrisos, esta segunda-feira, em conferência de imprensa.

Rúben Amorim salientou que a sua grande referência sempre foi José Mourinho. Contudo, assinalou que Guardiola é, "neste momento, o melhor treinador do mundo" e "uma referência para todos os treinadores".

"O Manchester City é a equipa mais evoluída técnica e taticamente, com maior variação de jogo. Tudo o que o City é é um bocadinho o que nós não somos. O Sporting tem um treinador muito estruturado, ainda, que não tem ainda muita flexibilidade. O Guardiola é exatamente o contrário. Dentro da estrutura, tem uma flexibilidade incrível. É um momento diferente de entender o que é o jogo", explicou o técnico.

Competir com o City sem alterar a identidade


O Manchester City é de tal modo uma referência para Rúben Amorim que, ao observar a equipa inglesa, o treinador do Sporting não só percebeu que não pode estar a "tentar tapar todos os espaços", como detetou coisas que podia aplicar para a sua própria equipa.

"É impossível traçarmos um plano só para tapar o Manchester City. focámo-nos no que fazemos bem. Se há coisa em que já nos ajudou é que, ao olharmos para o City, também pensámos no nosso processo, que 'se calhar podíamos fazer isto ou aquilo'", revelou..

Apesar da admiração pelo Manchester City, e de estar ciente de que "há diferenças entre as equipas", Rúben Amorim acredita que "os jogadores do Sporting têm qualidade e talento para chegarem àquele patamar".

"O azar deles é que ainda não têm um treinador para os levar para esse patamar, mas há muitas coisas que fazemos bem e que vamos tentar fazer amanhã [terça-feira]", salientou, antes de acrescentar, contudo, que não vai "mudar nada" da identidade da equipa.

Rúben Amorim poderá contar com Pedro Gonçalves, que esta terça-feira treinou sem limitações e cuja aptidão o treinador confirmou.

Realismo do treinador vs. sonho dos jogadores


Também na conferência de imprensa, Manuel Ugarte disse que a eliminatória pendia 60% para o Manchester City e 40% para o Sporting, mas que, a jogar em casa, os leões conseguiam equilibrar para 50-50.

Confrontado com as declarações do médio internacional uruguaio, Rúben Amorim sorriu e assinalou que "gosta imenso" dos seus jogadores.

"Eu sou mais realista. Acredito que é possível, não vou dizer em números ou probabilidades. É possível e temos de acreditar. Mas os meus jogadores já fizeram alguns milagres. É mais importante eles acreditarem dessa maneira. Eu acredito que é possível, tenho mais alguns anos disto do que eles, mas gosto dos meus jogadores também por isto, pelo que eles são e pela forma como eles acreditam no processo", enalteceu.

O Sporting-Manchester City, da primeira mão dos "oitavos" da Liga dos Campeões, está marcado para terça-feira, às 20h00, em Alvalade. Relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.