Os líderes da Austrália, do Canadá e da Nova Zelândia advertiram esta sexta-feira Israel contra uma operação terrestre na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, considerando que "seria catastrófica".
Numa rara declaração conjunta, os três países da Commonwealth pediram ao Governo de Benjamin Netanyahu para "não seguir esse caminho".
"Cerca de 1,5 milhões de palestinianos refugiaram-se na região, incluindo muitos dos nossos cidadãos e das suas famílias", declarou o grupo de dirigentes dos países aliados dos Estados Unidos.
"Uma operação militar alargada seria devastadora. Exortamos o Governo israelita a não seguir esse caminho. Não há simplesmente nenhum sítio para onde os civis possam ir", disseram.
Apesar da crescente pressão internacional e de um número de mortos palestinianos que ultrapassa os 28 mil, de acordo com as autoridades de Gaza, Netanyahu está a planear um ataque a Rafah, tendo prometido na quarta-feira uma "operação poderosa".
Telavive prometeu destruir o movimento islamita palestiniano Hamas, na sequência do ataque do grupo, em 07 de outubro, no sul de Israel, que causou mais de 1.160 mortos, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência France-Presse, baseada em dados oficiais israelitas.