PSP tinha tudo pronto, mas "número não habitual" de baixas obrigou a adiar Famalicão-Sporting
03-02-2024 - 20:15
 • Inês Braga Sampaio

Força de segurança pública revela que "prontamente acionou meios policiais de outras unidades de polícia", mas também esses comunicaram "situações de indisposição".

A Polícia de Segurança Pública (PSP) diz que tinha tudo pronto para o Famalicão-Sporting e que foi o facto de "um número não habitual" de polícias terem comunicado baixa médica, pouco antes do início do policiamento da partida, que obrigou ao adiamento para data a definir.

A PSP diz que "tinha planeado e preparado o efetivo policial adequado e necessário para assegurar o normal desenrolar" do jogo da 20.ª jornada da I Liga.

"Antes do início do policiamento ao evento, um número não habitual de polícias informaram que se encontravam doentes, comunicando baixa médica. A PSP prontamente acionou meios policiais de outras unidades de polícia, meios esses que também vieram a comunicar situações de indisposição, com deslocação para unidades hospitalares", lê-se.

A PSP revela que foram, ainda, acionados meios da Força Destacada da Unidade Especial de Polícia no Porto e da Guarda Nacional Republicana, "visando reforçar o policiamento ao evento".

"Porém, tendo existido alguns incidentes de ordem pública junto ao Estádio Municipal de Famalicão, mesmo tendo sido possível reforçar as imediações do mesmo, a PSP, em coordenação com o organizador e o promotor do evento, decidiu que não se encontravam reunidas as condições necessárias para a realização do jogo", pode ler-se.

A PSP refere-se aos confrontos registados à porta do estádio, quando um grupo de adeptos do Sporting carregou em direção à entrada dos adeptos do Famalicão. Daí resultou, pelo menos, um ferido, o oficial de ligação aos adeptos do Famalicão, que foi assistido no exterior do estádio.

A PSP apela a todos os adeptos de futebol "que compreendam a complexidade da situação" e que cumpram as indicações dos agentes, de forma a evitar "comportamentos e atitudes de risco que comprometam a ordem e tranquilidade públicas".

Enquanto a PSP se demarca dos polícias que meteram baixa médica à última hora, a Liga exige ao Ministério da Administração Interna a "instauração de um processo de inquérito com caráter de urgência, de forma a apurar responsabilidades pelo sucedido".