O Papa Francisco reafirmou esta quinta-feira que “a guerra é sempre uma derrota para toda a humanidade” e acrescentou que a violência na Ucrânia é “uma guerra sacrílega que ameaça, de igual modo, judeus e cristãos, privando-os dos seus afetos, das suas casas, dos seus bens e da sua própria vida”.
Numa audiência concedida esta manhã ao World Jewish Congress, o Papa destacou que, em muitas regiões do mundo, a paz está hoje ameaçada e que “só na vontade séria de aproximação e no diálogo fraterno é possível preparar o terreno para a paz”.
Por isso, "como judeus e cristãos, tentemos fazer tudo o que for humanamente possível para acabar com a guerra e abrir caminhos de paz”, pediu.
Aos representantes do Congresso judaico mundial, presente em mais de 100 países, o Papa recordou alguns aspetos da herança espiritual comum que os judeus e os católicos professam e sublinhou, à luz deste “tesouro religioso”, que os desafios do presente são “uma exortação para agir juntos e trabalhar de modo a tornar o mundo mais fraterno, lutando contra as desigualdades e promovendo uma maior justiça, para que a paz não permaneça uma promessa do outro mundo, mas uma realidade já neste”.