Vacinas em Portugal. Governo e Infarmed garantem toda a segurança
26-12-2020 - 11:35
 • Marta Grosso

O primeiro lote chegou esta manhã e foi armazenado em Coimbra. Vacinação começa no domingo. “As pessoas podem estar tranquilas, porque estamos a assegurar todas as condições para que as vacinas cheguem desde o ponto de fabrico ao ponto de administração nas condições em que têm de estar”, diz presidente do Infarmed.

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Estão a ser verificadas todas as regras relacionadas com o transporte, armazenamento e descongelação das vacinas contra a Covid-19 que chegaram a Portugal. A garantia é dada, nesta manhã de sábado, pela ministra da Saúde e pelo presidente do Infarmed.

Marta Temido e Rui Santos Ivo estiveram nas instalações de Montemor-o-Velho (distrito de Coimbra) onde as vacinas foram armazenadas e onde vão começar o processo de descongelação para depois serem distribuídos pelos hospitais onde vão ser administradas.

“Aplicamos um conjunto de regras que são as relacionadas com a distribuição de medicamentos, que se iniciam na fábrica, na Europa, e se mantêm durante o transporte e durante o armazenamento”, começa por explicar o presidente do Infarmed aos jornalistas.

“Todas as normas previstas são mantidas, desde o fabrico, transporte e armazenamento. Hoje, uma equipa de inspeção do Infarmed acompanhou todo o processo aqui”, continuou, destacando que os procedimentos são os habituais “no mundo do medicamento”, pelo que os técnicos estão capacitados para acompanhar e verificar todo o processo e o cumprimento das normas.

“As pessoas podem estar tranquilas, porque estamos a assegurar todas essas condições para que as vacinas cheguem, desde o ponto de fabrico ao ponto de administração, nas condições em que têm de estar”, garante.

As vacinas foram transportadas a uma temperatura de menos 80 graus centígrados e vão agora ser submetidas a um processo de descongelação. “É um processo gradual, acompanhado pelos técnicos da instituição e feito de acordo com todas as condições de segurança, para que cheguem aos locais de vacinação prontas para serem administradas”, diz Rui Santos Ivo.

Quanto ao momento em que as vacinas vão sair deste armazém em direção aos hospitais onde vai ser administrada, nem Santos Ivo nem a ministra da Saúde quiseram avançar horas.

“Há um conjunto de aspetos que temos de manter com uma certa salvaguarda”, respondeu Marta Temido aos jornalistas.

O processo da chegada das vacinas a Portugal tem sido acompanhado, desde o início, por uma ‘task force’ composta pelos Ministérios da Defesa, da Administração Interna e da Saúde, lembrou ainda.

“Até ao momento está a decorrer tudo como estava previsto pela ‘task force’”, garantiu.

“Hoje, as vacinas entraram no território nacional a partir de Vilar Formoso, depois foram transportadas para este local, que é o ponto central, e agora foram recebidas seguindo todos os procedimentos técnicos, todas as verificações, uma ‘check list’ de procedimentos, e agora irão ser distribuídas para os hospitais, onde amanhã se iniciará a vacinação”, descreveu ainda a ministra.

Questionada sobre a adesão dos profissionais de saúde à vacinação, Marta Temido diz não ter ainda números, mas “genericamente optaram por dizer que sim”.

“A nossa perceção é que as respostas foram logo muito rápidas e muito positivas”, adiantou.

Neste sábado, chegaram 9.750 vacinas da Pfizer/BioNTech a Portugal – um primeiro lote que irá ser distribuído pelos centros hospitalares universitários do Porto, São João, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central.

No dia 28, segunda-feira, recebe-se mais 70.200 vacinas, sendo que, num transporte paralelo, irão ainda 9.750 para os Açores e outro tanto para a Madeira, “enviadas a partir da origem, na Bélgica”.