O secretário da Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), Lloyd Austin, disse esta quinta-feira que o país vai continuar a fornecer ajuda militar a Israel, minimizando a ideia de linhas vermelhas ao mesmo tempo que avisou que um conflito total entre Israel e o Hezbollah seria devastador.
Israel rejeitou, esta quinta-feira, a possibilidade de um cessar-fogo com o Hezbollah, desafiando os EUA, o maior aliado do país, e continuando com ataques aéreos que já mataram centenas de pessoas no Líbano e aumentaram os receios de uma guerra regional.
Questionado acerca de potenciais linhas vermelhas ao apoio dos Estados Unidos a Israel, Lloyd Austin disse aos jornalistas que os Estados Unidos não vão alterar o compromisso de ajudar Israel a proteger-se, e repetiu o pedido dos EUA para um cessar-fogo e uma solução diplomática para a crise.
"Temos estado comprometidos desde o início a ajudar Israel, fornecer as coisas que são necessárias para eles protegerem o seu território soberano e isso não mudou e não vai mudar no futuro", disse Austin, após uma reunião, em Londres, com os homólogos australiano e britânico.
Esta quinta-feira, Israel anunciou que assegurou um pacote de ajuda dos Estados Unidos no valor de 8,7 mil milhões de dólares, para apoiar os ataques e restantes operações militares, e manter uma supremacia militar na região.
Austin reconheceu que há um risco de uma "guerra total" entre o Hezbollah e Israel, mas considerou que ainda uma solução diplomática ainda é viável. "Outra guerra em grande escala poderia ser devastadora tanto para Israel como o Líbano", disse o secretário da Defesa.
"Deixem-me ser claro, Israel e o Líbano podem escolher um caminho diferente, apesar da escalada aguda nos últimos dias, uma solução diplomática ainda é viável", apontou Austin, que acrescentou que a forma mais rápida de Israel alcançar o objetivo de fazer regressar os israelitas às casas no norte de Israel é através de diplomacia.