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Papa Francisco quer que cada um assuma responsabilidades pelo ambiente
O Papa espera que os trabalhos da cimeira do clima, em Paris, tenham em conta o futuro das próximas gerações. Falando este domingo depois da oração do Angelus, no Vaticano, Francisco pediu empenho aos decisores num acordo para mitigar os efeitos das alterações climáticas.
O Papa lembrou ainda que a promoção do bem comum é um dever dos políticos e que o combate às alterações climáticas é um passo fundamental na luta contra as desigualdades.
“Para o bem da casa comum de todos nós e das futuras gerações, todos os esforços em Paris devem ir no sentido de mitigar os impactos das mudanças climáticas, para assim se combater a pobreza, promovendo a dignidade humana. Estas duas vertentes não devem ser isoladas uma da outra. Parar a mudança climática, combater a pobreza é fundamental para promover a dignidade humana”, frisou.
Os líderes mundiais que participam na Conferência do Clima (COP21) alcançaram um acordo provisório no sábado, que foi agora remetido aos ministros do Ambiente dos 192 países representados na cimeira.
O documento tem 43 páginas, acrescidas de um anexo com cinco páginas de reflexão, mas deixa dezenas de pontos em aberto, como o nível do financiamento e do mecanismo de perdas e ganhos, em que os países mais pobres e vulneráveis pedem compensações pelos prejuízos das alterações climáticas.
Próximo Jubileu da Misericórdia vai ajudar na salvação
Francisco referiu-se este domingo ao próximo Jubileu da Misericórdia, que começa na terça-feira, dizendo que vai ajudar todos a “avançar na estrada da salvação”, da qual “ninguém está excluído”.
“Deus quer que todos os homens sejam salvos por meio de Jesus Cristo, único mediador”, explicou durante a tradicional catequese dominical que antecedeu a recitação da oração do Angelus.
Perante os milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa apresentou uma reflexão sobre a necessidade de “conversão”, uma ideia que marca o tempo do Advento – que precede a celebração do Natal no calendário católico.
E desafiou os católicos a transmitir a sua fé em todos os lugares, “no trabalho, na escola, no condomínio, no hospital”, como pessoas “apaixonadas” por Jesus.
No final do encontro de oração, Francisco saudou os grupos de portugueses que marcaram presença na Praça de São Pedro: o Coro Litúrgico de Milherós de Poiares e os fiéis de Casal de Cambra.
“A todos, desejo um bom domingo e uma boa preparação para o início do Ano da Misericórdia”, afirmou.