A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) tem estado na linha da frente, a dar apoio às vítimas do sismo em Marrocos. Em declarações à Renascença, o coordenador de emergências da organização adianta que estão a trabalhar em hospitais de campanha, em tendas. John Johnson relata que as reservas de medicamentos estão a acabar.
“Estávamos lá de manhã e as pessoas começaram a chegar pelas 8h30. O espaço ficou cheio com 15 pacientes. Diferentes tipos de ferimentos - braços e pernas partidos, traumatismos cranianos. Os médicos e as enfermeiras tratam-nos o melhor que podiam, mas toda a gente está exausta. Estão a trabalhar com as reservas que têm, mas que estão a diminuir cada vez mais”, refere o trabalhador humanitário.
O coordenador de emergências da Médicos Sem Fronteiras garante ainda que a organização está a fazer tudo para ajudar as autoridades de Marrocos.
“Estamos a reunir-nos com diferentes diretores de hospitais para perceber quais são as necessidades em termos farmacêuticos, de recursos humanos e também de logística. Estamos a tentar perceber a melhor forma de os ajudar nos próximos dias”, explica John Johnson.
Aumentou de 2.500 para 2.681 o número de mortos do sismo em Marrocos, avançou esta segunda-feira o Ministério do Interior.
O número de feridos em resultado do violento tremor de terra é agora de 2.501.
As operações de socorro e resgate estão a ser dificultadas pelos acessos difíceis a aldeias em zonas montanhosas.
Portugal ainda não recebeu um pedido de ajuda oficial do reino de Marrocos, mas tem equipas em prontidão.
O ministro da Administração Interna disse esta segunda-feira que os portugueses que estiverem em Marrocos e que precisem de apoio devem contactar a Embaixada portuguesa em Rabat.
“Importa é que contactem com a Embaixada portuguesa em Rabat e que entrem em contacto também com o gabinete de emergência consular da Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas”, disse hoje o ministro José Luís Carneiro.