O presidente do Paços de Ferreira fala de "falso moralismo".
O Governo acredita que a dependência do futebol nos patrocínios de casas de apostas "merece uma reflexão profunda".
Numa nova reacção, em Bola Branca, Paulo Meneses alerta para o fato de muitas equipas dependerem destes (novos) apoios e, inclusive, a própria Liga portuguesa ser patrocinada por uma empresa do género.
"Concordo com o que disse o secretário de Estado do Desporto [João Paulo Correia, em entrevista à 'Hora da Verdade' da Renascença/jornal Público]. Mas se há estes apoios, a 13 equipas, é porque – de facto - falta o interesse por parte de outros sectores. A própria Liga é patrocinada por uma empresa similar, sinal evidente e claro, dessa falta de interesse. Olho para isto como uma forma de subsistência. Parece-me que há aqui um falso moralismo à volta disto e temos de ter essa capacidade e honestidade intelectual de o reconhecer", atira o líder pacense, cuja equipa tem como 'sponsor' uma empresa ligada aos jogos de apostas, ao mesmo tempo que deixa um alerta.
"Se houver essa retirada [de patrocínios] estaremos a criar condições muito adversas aquilo que é a sustentabilidade dos clubes, pois os clubes - direta ou indiretamente - recebem dezenas ou centenas de milhares de euros anuais. Os grandes problemas do futebol não passam por este tipo de associações ou parcerias, mas sim pela honestidade – o que vai muito além disto. E, seguramente, se quisermos retirar estes parceiros temos de encontrar alternativas antes de cortarmos com aqueles que hoje são fundamentais", finaliza Paulo Meneses.