Mais de 200 mil pessoas foram incorporadas no Exército da Rússia depois do anúncio da mobilização parcial no país, a 21 de setembro, para combater na Ucrânia, disse hoje o ministro da Defesa de Moscovo.
Oficialmente, a mobilização ordenada pelo chefe de Estado Vladimir Putin deve recrutar 300 mil reservistas, com experiência militar ou competências consideradas úteis.
"O treino do pessoal que integra as (novas) unidades foi realizado em 80 quartéis e seis centros de formação", afirmou o ministro da Defesa, Sergei Choigu, após uma reunião do governo, em Moscovo.
O ministro disse que os "recrutas" vão ser enviados para as frentes de combate integrados em unidades que já combateram na Ucrânia desde o início da invasão, a 24 de fevereiro.
De acordo com Choigou, "um número importante" de pessoas apresentaram-se voluntariamente nos postos militares, em todo o país, antes de receberem a ordem oficial de mobilização.
A mobilização suscitou inquietação na Rússia, com manifestações de protesto em algumas regiões. Paralelamente, milhares de homens abandonaram o país temendo a incorporação militar.
Hoje, o ministro da Defesa voltou a afirmar que os soldados que cumprem neste momento período de serviço militar obrigatório não vão ser enviados "para a frente ucraniana".
As autoridades russas iniciaram este mês o "recrutamento de outono" que deve mobilizar 120 mil mancebos no serviço militar obrigatório.