A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste diz ser lamentável que as grávidas continuem a colocar a vida em risco.
À Renascença, o presidente Vítor Dinis fala em indignação pelo serviço de obstetrícia estar encerrado no Hospital das Caldas da Rainha, defendendo que “é um serviço de excelência e um dos melhores do hospital”.
“É pena, que por não haver médicos, as grávidas sejam obrigadas a fazer percursos que poem a vida da mãe e do bebé em risco”, acrescenta.
A comissão vai tentar falar com esta grávida que teve de percorrer mais de 200 Kms para ser internada numa maternidade. Vítor Dinis diz ainda que uma das prioridades é perceber quais os critérios que foram tidos em conta para definir que serviços de obstetrícia fecham ao fim de semana, avançando que a comissão vai fazer um levantamento do número de grávidas na região que necessitam do serviço de obstetrícia do hospital Caldas da Rainha.
“Será que o Governo teve em conta o número de grávidas para encerrar o serviço?”, questiona Vítor Dinis, defendendo que para além da falta de médicos é necessário definir um número de grávidas que obrigue a manter o serviço de obstetrícia aberto.
O caso aconteceu no domingo à noite e envolve uma mulher grávida de 33 semanas.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, o INEM confirma que, "por lapso do CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes], uma grávida foi orientada para o Hospital de Abrantes".
No mesmo documento é referido que "a situação foi prontamente corrigida e, após uma primeira observação na unidade de Abrantes e reunidas as condições de segurança, a senhora foi então conduzida para a maternidade do Hospital de Santarém".
Quer a grávida quer o bebé em gestação "estão bem", assegura o INEM, "e a gravidez está a ser acompanhada em regime de internamento" naquele hospital.
INEM garante que "as circunstâncias que motivaram o lapso estão a ser apuradas e foram corrigidos os procedimentos para que não se venha a repetir uma situação similar".