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A médica pneumologista e especialista da Administração Regional de Saúde do Norte, Raquel Duarte, recomendou esta quinta-feira que nos próximos meses o certificado digital continue a ser obrigatório em "circunstâncias de maior risco que justifiquem o acréscimo de multicamadas protetores", nomeadamente as unidades residenciais para idosos e no controlo de fronteiras.
Como tal, é também pedido que o acesso ao certificado seja "fácil, universal e gratuito".
Sobre o controlo de fronteiras, Raquel Duarte recomenda que se tomem “iniciativas de rastreio aos viajantes e populações móveis sazonais nas fronteiras” e vinca que se vacinem os migrantes que permaneçam em Portugal durante um período longo.
Na sua intervenção, a especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar apresentou um plano que passa por uma "fase transitória, em que passamos da obrigatoriedade das medidas para responsabilização individual e organizacional".
"Esta transição deve ser faseada, apoiada na monitorização dos indicadores e em comunicação permanente”, e está preparado "um novo agravamento das medidas e dos indicadores".
Como tal, Raquel Duarte recomenda que se continue a apostar na vacinação e se antecipe “a eventual necessidade de um reforço massivo da vacinação”, através de um plano amplo e que não dependa apenas dos cuidados de saúde primários. Além disso, é fundamental continuar a testar e a rastrear casos, especialmente nas populações de maior risco, para implementar rapidamente medidas de saúde pública, assim como as variantes.