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O presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP) defende que a Direção-Geral da Saúde (DGS) deve reequacionar as recomendações para a utilização de máscaras contra a Covid-19 pela população.
Em declarações à Renascença, Ricardo Mexia reconhece que a questão é “complexa”, porque, numa altura em que se sabe que as novas estirpes da Covid-19 são mais contagiosas e têm efeitos mais severos, “a questão é conseguir reequilibrar a nossa capacidade de impedir a disseminação. Daí que alguns estados-membros tenham adotado novas orientações em relação a essa matéria, porque nós sabemos que as máscaras não são todas iguais e, portanto, também têm diferentes capacidades de filtração”, refere.
Para este especialista, o facto de Portugal atravessar, nesta altura, um período de grande contágio, por causa da disseminação de casos da variante do Reino Unido, deve levar a DGS a ponderar “alguma mudança nas recomendações e nas normas em vigor”.
Esta segunda-feira, a França passou a proibir o uso de máscaras que não sejam do tipo FFP 1 e FFP 2, à semelhança do que já fizeram os governos da Alemanha e da Áustria.
No entanto, de acordo com o Jornal de Notícias, a DGS não tenciona, para já, alterar as normas de utilização de máscaras, à semelhança de outros estados-membros da União Europeia.
Estabelecendo o paralelismo com a realidade portuguesa, Ricardo Mexia lembra “temos de ter uma boa utilização desses equipamentos e eles também têm estar disponíveis. Máscaras FFP 2 não são propriamente o que temos mais disponível, teria de haver uma preocupação de que era uma medida exequível”.
Contudo, diz, o mais importante é “ter muita cautela em relação a todas as medidas, particularmente aquelas do distanciamento físico, a questão do confinamento com um cumprimento bastante assertivo para ultrapassar a situação bastante difícil em que estamos”.