A vacina BCG pode voltar a ser administrada nas maternidades a crianças de risco. A notícia é avançada nesta sexta-feira pelo “Jornal de Notícias”, segundo o qual Lisboa e Porto são, numa primeira fase, as áreas prioritárias.
O regresso da vacina às maternidades está relacionado com um aumento do número de casos em crianças com menos de seis anos: 34 ficaram doentes, algumas com maior gravidade e nenhuma estava vacinada.
Falhas no rastreio, demora no diagnóstico e aumento de casos nas crianças são os fatores que levaram as autoridades de saúde a repensar a estratégia de luta contra a tuberculose.
“Uma das ideias é administrar a vacina o mais precocemente possível, na maternidade”, indica a diretora do Programa Nacional para a Tuberculose ao JN.
“É preciso que as pessoas saibam fazê-lo, é preciso formar e ainda saber que maternidades o vão fazer”, acrescenta Isabel Carvalho.
Por uma questão de maior incidência de casos e maior preocupação, Porto e Lisboa são áreas prioritárias. Há "muitos profissionais a reformarem-se e centros de diagnóstico pneumológico a fechar", explica a mesma responsável.
Segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde, citado pelo jornal, os distritos de Lisboa e Porto são os que registam uma maior taxa de notificações “e os únicos no país que se mantêm acima dos 20 casos por 100 mil habitantes”.