As autoridades de saúde do Illinois (Chicago) confirmaram, nesta sexta-feira de manhã, a existência de mais uma pessoa infetada com o “nCoV-2019”, mais conhecido por coronavírus.
A informação é avançada pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), segundo o qual o novo caso é uma mulher de 60 anos, proveniente de Wuhan, a cidade chinesa onde começou o surto e que não estaria doente quando iniciou a viagem.
Nesta altura, e de acordo com a mesma fonte citada pela agência Reuters, há 63 pessoas, de 22 estados, sob investigação. Até agora, há dois casos positivos e 11 negativos.
Nesta sexta-feira, o Nepal confirmou o primeiro caso da doença no país. Trata-se de um estudante chinês acabado de regressar de férias na sua cidade natal, Wuhan, onde o aeroporto foi encerrado na quinta-feira, dia 23, e onde já está a ser construído, em tempo recorde, um hospital só para tratar doentes com coronavírus.
Segundo o ministro nepalês da Saúde, todos os passageiros provenientes da China estão a ser analisados.
Também em Singapura foram, nesta sexta-feira, detetados dois novos casos, relata a China Global Television Network – CGTN.
Sobe, assim, para 16 o número de casos confirmados fora da China, contando com os territórios autónomos de Macau e Hong Kong. Os outros países afetados são Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Vietname, Japão e Arábia Saudita.
As vítimas mortais são, na sua maioria, pessoas com mais de 60 anos e com histórico de infeções respiratórias.
Na China, o balanço é muito maior: 26 mortos e 897 infetados.
Para conter o vírus, várias cidades decidiram declarar quarentena, suspendendo a rede de transportes públicos e pedindo à população que evite as deslocações.
Além disso, vários templos também fecharam portas, tal como o Estádio Nacional de Pequim e monumentos como a Muralha da China (parcialmente) e a Cidade Proibida (Pequim) foram encerrados.
Recorde-se que o surto de coronavírus surge numa altura em que muitos chineses viajam pelo país para comemorar o novo ano lunar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu, na quinta-feira, não declarar emergência internacional face ao surto por considerar ser “demasiado cedo” para tal.
A OMS não descarta, contudo, a possibilidade o Comité de Emergência se voltar a reunir para reavaliar a situação.
Em Portugal, já foram acionados os dispositivos de prevenção e a diretora-geral de saúde, Graça Freitas, admitiu nesta sexta-feira que já foram despistados três possíveis casos no país – todos com resultado negativo.
Ao nível europeu, o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para “moderado” o risco de contágio na União Europeia, continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.