Marcelo Rebelo de Sousa passeou na tarde desta quinta-feira pelas ruas de Kiev, no segundo e último dia de visita à Ucrânia, que comemora a Independência.
Nas declarações que prestou aos jornalistas, o Presidente da República fez questão de descrever o bom ambiente que presenciava, ao passar por "uma avenida cheia de tanques e um jardim com várias bandeiras que ucranianos e gente de todo o mundo vai aqui depositando".
"As esplanadas estão cheias de jovens, é uma cidade e um povo muito jovem", destacou Marcelo. "É impressionante ver a diferença entre isto e aquilo que víamos na televisão há três, quatro ou cinco meses. É outro país, outra cidade. Mais do que um sinal, é uma certeza de esperança", considerou.
"As pessoas respeitam os alarmes, vão para os bunkers, mas de facto o à-vontade e a alegria com que se movem, neste outono que parece quase primavera, a caminho do verão… quente, com esta luminosidade, o pôr-do-sol e uma cervejinha… soube muito bem", revelou o Presidente.
Questionado sobre se gostaria de regressar à Ucrânia, o representante português não escondeu a satisfação pela visita e o desejo de regressar.
"O meu mandato ainda dura mais dois anos e meio, portanto claro que hei de cá voltar", assegurou, depois de ter já manifestado o desejo de que o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky visitasse Portugal.
As 'selfies' pelas quais é conhecido o Presidente da República portuguesa não são exclusivas ao território nacional, e Marcelo felicitou-se com a receção dos ucranianos, com quem trocou algumas palavras. "Muitos ucranianos com o polegar para cima. E os que viram a intervenção desta manhã estavam a dizer que perceberam, o que quer dizer que não falei muito mal ucraniano", disse ainda o Presidente.
Marcelo Rebelo de Sousa deixa a Ucrânia esta quinta-feira, depois de uma visita de dois dias em que manifestou a solidariedade e o apoio incondicional ao país sob o ataque da Rússia desde fevereiro de 2022.
Sobre a sua visita diplomática à Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa diz que leva "memórias boas" e destaca a "gentileza do povo e a categoria dos governantes".
O Presidente da República confessa que foi mesmo "uma surpresa" encontrar uma sociedade "aberta e desconfinada".
"Encontrei uma sociedade que avançou muitos passos e só quem está a liderar o processo pode garantir esta liberdade", considera, garantindo que "nunca" se sentiu em perigo.