Os Estados Unidos esperam um ataque do Irão contra Israel, mas consideram que não vai ser grande o suficiente para arrastar Washington para a guerra, disse fonte da administração norte-americana esta quinta-feira.
A Casa Branca já afirmou que Washington não quer que o conflito se espalhe no Médio Oriente. Os EUA comunicaram ao Irão que não estiveram envolvidos num ataque aéreo contra um importante comandante militar iraniano em Damasco.
A Casa Branca acrescentou que alertou o Irão para não usar esse ataque como pretexto para aumentar ainda mais a escalada militar na região.
Aviões de guerra, que se suspeita serem israelitas, bombardearam a embaixada do Irão em Damasco na segunda-feira, dia 1 de abril, num ataque pelo qual o Irão jurou vingança e no qual um importante general iraniano e seis outros oficiais militares iranianos foram mortos, aumentando a tensão em uma região já tensa pela guerra em Gaza.
Fontes iranianas disseram à Reuters que Teerão sinalizou a Washington que responderá ao ataque de Israel à sua embaixada na Síria de uma forma que visa evitar uma grande escalada e que não agirá precipitadamente, enquanto o Irão faz exigências, incluindo uma trégua em Gaza.
Os Estados Unidos têm estado em alerta máximo sobre possíveis ataques retaliatórios do Irão e os enviados dos EUA têm trabalhado para diminuir as tensões.
O grupo islâmico palestino Hamas atacou Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas, segundo registros israelenses. Desde então, o ataque militar de Israel a Gaza governada pelo Hamas matou mais de 33.000 pessoas, de acordo com o ministério da Saúde local, deslocou quase toda a população de 2,3 milhões de Gaza, causou uma crise humanitária e levou a alegações de genocídio, que Israel nega.
Grupos apoiados pelo Irão declararam apoio aos palestinianos, realizando ataques a partir do Líbano, do Iémen e do Iraque. Teerão evitou o confronto direto com Israel ou os Estados Unidos, ao mesmo tempo que declarou apoio aos seus aliados.