António Guterres vai comparecer na próxima quinta-feira, dia 13, em Nova Iorque para assistir à votação formal pela Assembleia Geral das Nações Unidas do seu nome para secretário-geral da organização.
O presidente da Assembleia Geral enviou esta sexta-feira uma carta a todos os países-membros a informar que tinha recebido na véspera uma comunicação formal da presidência do Conselho de Segurança (CS) a dar conta da recomendação de Guterres para novo secretário-geral.
Essa carta é assinada pelo embaixador russo, Vitaly Churkin, na qualidade de presidente do CS neste mês de Outubro, e formaliza a decisão daquele órgão tomada por aclamação, na quinta-feira, recomendando Guterres para líder da ONU para o quinquénio que começa a 1 de Janeiro de 2017 e termina a 31 de Dezembro de 2021.
Na sequência da comunicação, o presidente da Assembleia Geral, Peter Thomson, das ilhas Fiji, convocou para dia 13 o plenário em que o nome de Guterres será aprovado e a presença do antigo primeiro-ministro português está dada como certa.
O que se prevê é que o presidente da Assembleia apresente uma moção com o nome do novo secretário-geral e ela seja votada por aclamação. Não haverá uma votação país a país e a sessão será mais um “pro forma” do que outra coisa. Não há memória de a Assembleia Geral ter votado contra a recomendação do Conselho de Segurança na escolha do secretário-geral.
Uns dias antes da reunião, no início da próxima semana, Thomson distribuirá um documento que resultará das consultas que o seu gabinete tem feito a todos os membros sobre as questões que mais preocupam a ONU.
E para a semana seguinte à aprovação de Guterres está já convocada outra reunião plenária, mas esta informal, para iniciar um “diálogo substantivo com o secretário-geral designado no sentido de antecipar uma interacção com os países-membros”. Este sinal indicia uma vontade generalizada de começar a trabalhar com o novo líder com antecedência.
A dois meses e meio de tomar posse formal, Guterres tem já duas assembleias gerais a que vai comparecer. A primeira será apenas de consagração do seu nome, mas a segunda será uma reunião de trabalho para estudar em conjunto as prioridades de cada um dos órgãos – secretário-geral e Assembleia Geral.