Os bombeiros profissionais vão estar em greve de quarta-feira a 2 de janeiro, mas os Sapadores de Lisboa começam a sua paralisação já esta noite, contra as propostas do Governo sobre estatuto e aposentação.
Em Lisboa a greve começa às 20h00 (início de turno) no Regimento de Sapadores de Bombeiros, estando prevista uma concentração de bombeiros sapadores no Quartel da Graça, com a presença de dirigentes dos sindicatos que marcaram a paralisação, e nas instalações dos bombeiros na avenida D. Carlos I, em Lisboa.
O protesto engloba todos os bombeiros profissionais a prestar serviço nas corporações da administração local - sapadores e municipais - e começa às 00h00 de quarta-feira, antecedida em quatro horas em Lisboa por uma questão de mudança de turno.
A iniciativa foi marcada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
Os dois sindicatos dizem que os profissionais procuram, no essencial, "reverter decisões e opções políticas que de forma inédita agravam a vida e o trabalho de milhares de bombeiros profissionais".
"Esta paralisação nacional tem como objetivo reivindicar a dignificação e valorização da carreira e pelo direito a aposentação e reforma condignas após o limite de idade que a especificidade e as exigências do exercício das funções impõem", refere um comunicado da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP)/Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP), divulgado na semana passada.
Os bombeiros profissionais, diz-se no documento, lutam pela criação de um regime de reserva, "pelo vínculo de nomeação e pela manutenção estatutária da carreira como corpo especial de Proteção Civil", bem como pela "habilitação e qualificação específica para a criação de carreira ou categoria de oficial bombeiro".
O anúncio da greve de 15 dias foi feito numa concentração no início do mês na Praça do Comércio, em Lisboa, contestando o novo estatuto profissional que regula a carreira especial de sapador bombeiro e de oficial sapador, e o novo regime de aposentação, aprovados na generalidade pelo Governo a 25 de outubro.