A visita do Primeiro-ministro a Angola, oito anos depois da última visita de um Chefe do Governo português mostrou "a grande vontade que existe de reatar relações, sobretudo desde que João Lourenço assumiu a Presidência, tentando modernoizar e democratizar Angola", afirma Fernando Medina, que vê vantagens no estreitamento de relações entre os dois partidos e que pode abriri caminho para que Portiugal tenha um papel muito importante entre a União Europeia e África. O socialista diz que Portugal não chegou a perder esse papel, mas que a crise por que o nosso país passou e as posições políticas de Luanda acabaram por trazer afastamento. Algo que agora se inverte.
Paulo Rangel, eurodeputado do PSD, recorda a visita do Presidente João Lourenço a Estrasburgo para dizer que há "sinais positicvos". "Eu estive mais de uma hora reunido com ele quando foi ao Parlamento Europeu e nota-se uma grande diferença nesta nova liderança, com reslktados interessantes e auspiciosos. Estamos perante um quadro mais sorridente que o que tivemos nos últimos anos".
Rangel lembra que "uma das coisas que nos dá muito peso na Europa é realmente esta relação privilegiada com África. E aquilo que em África faz a diferença (até para um país que apenas tem 10 milhões de habitantes, que não é muito rico, nem tem o potencial que têm Angola ou Moçambique), a nossa força está nesta relação privilegiada com os países africanos" e naquilo que podemos fazer como elemento de ligação entre eles e Europa. Até por isso, o social-democrata acha que não faz sentido estarmos a discutir dicotomias e se devemos estar mais envolvidos numeixo Portugal-UE, Portugal-EUA ou Portugal-África. Portugal pode ter mais peso na Europa precisamente porque temos relações privilegiadas com África, com o Brasil e o Extremo-Oriente.
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