PSD quer que se avance de "uma vez por todas" para uma reforma da floresta
20-08-2022 - 00:46
 • Lusa

O "flagelo" dos incêndios tem sido "infelizmente" repetido ano após ano, salientou Luís Montenegro.

O presidente do PSD defendeu, na sexta-feira à noite, que se avance de "uma vez por todas" para uma reforma da floresta e, assim se evite ano após ano, o "flagelo" dos incêndios. .

"Aquilo que o país precisa, que Portugal precisa, é que nós não estejamos como estamos há 15 ou 20 anos a dizer o mesmo e todos os anos a acontecer o mesmo. Isto é, de uma vez por todas, possa haver uma reforma da floresta e um aproveitamento económico da floresta porque se a floresta for tratada é mais fácil prevenir este tipo de episódios [incêndios]", afirmou Luís Montenegro na Romaria da Nossa Senhora d"Agonia, em Viana do Castelo, onde se cruzou com o Presidente da República, que também marcou presença na festividade. .

Para o social-democrata, tem de haver uma coordenação com o povoamento do território e com as políticas que estimulam a atividade económica nesse território. .

Mostrando-se "muito preocupado" com os incêndios que lavram no país, Luís Montenegro frisou que, enquanto está nesta romaria, há pessoas em "grandes dificuldades" e a travar uma "luta desigual". .

O "flagelo" dos incêndios tem sido "infelizmente" repetido ano após ano, salientou o líder do PSD. .

"Ano após ano, o país não tem conseguido suster algumas destas demonstrações que, infelizmente, todos os anos acontecem de incapacidade de lutar contra todo este flagelo", frisou. .

Quanto às medidas anunciadas hoje pelo Governo, nomeadamente ao facto de ter decretado a situação de alerta de domingo a terça-feira, Luís Montenegro entendeu que elas se "compaginam" com a atual situação.

Contudo, acrescentou, o problema não são as medidas que se tomam dois ou três dias antes de um pico do calor num ano de seca extrema.

Reafirmando a necessidade do país avançar para uma reforma da floresta, o social-democrata defendeu ainda um "pacto nacional que unisse partidos, populações, autarcas, instituições, universidades, associações ambientalistas e de agricultores". .

Mas depois, ressalvou, há ainda a responsabilidade de quem tem o poder executivo e define e executa as políticas. .

E, portanto, o papel da oposição é escrutinar, fiscalizar e denunciar os erros da governação, seja em que circunstância for, vincou. .

Luís Montenegro referiu que não é o Governo, nem o Ministério da Administração Interna que está, neste momento, a combater os fogos. .

Por isso, deixou uma palavra de gratidão a todos os operacionais e populações que estão a tentar proteger o que é passível de ser protegido.

"Nós temos muito respeito pelas dificuldades que toda a gente passa, mas infelizmente quem está a viver essas dificuldades são as populações atingidas, são os bombeiros, são os militares e são as populações que se estão a dedicar no terreno ao combate sem tréguas", concluiu. .