A empresa estatal russa Rostec, sujeita a sanções do Ocidente, multiplicou por 50 a produção de munições para armas desde o início da guerra na Ucrânia, informou esta quinta-feira o seu diretor-geral, Serguei Chemezov.
“Aumentámos em 50 vezes a produção de munições para armas leves e para sistemas de lançamento múltiplo”, disse Chemezov durante uma reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin.
Chemezov informou ainda que a empresa russa aumentou em 5,5 vezes a produção de transportes blindados e em sete vezes a produção de tanques de guerra.
“Este é um aumento global”, explicou o diretor da Rostec, uma das maiores produtoras mundiais de armas, aviões, helicópteros e outros equipamentos.
Vários meios de comunicação russos independentes noticiaram que a Rostec está a fugir às sanções impostas pelo Ocidente através de empresas de fachada que lhe permite importar componentes sujeitos a restrições e essenciais para o fabrico de mísseis e ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados).
Tanto Putin como o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, têm declarado, ao longo do ano, que o país tem aumentado a produção de armas.
Em setembro, o Presidente russo disse que a construção de veículos blindados triplicou durante os primeiros nove meses deste ano.
Em diversas ocasiões, Putin tem apelado ao esforço para aumentar a produção de meios antiaéreos, em particular, de ‘drones’.