É uma das imagens de marca da Web Summit. Aqui as "startups" fazem "pitches". Em bom português, isto significa que as empresas que marcam presença nos palcos Pitch fazem apresentações dos seus projectos e das suas ideias de negócio.
Mas, afinal, como funciona este sistema das apresentações?
Antes da Web Summit, a organização escolhe, entre as 1.500 "startups" presentes, cerca de 200 para terem esta oportunidade de destaque. Essas duas centenas de empresas são depois distribuídas por três palcos e, ao longo dos dois primeiros dias, todas terão os seus sete minutos de destaque.
O tempo é dividido em duas partes: três minutos e meio para a exposição inicial e, depois, três minutos e meio para responder às perguntas das três ou quatro pessoas que compõem o júri.
"Há sempre um nervoso miudinho, mas quem anda nesta vida está habituado a fazer muitas apresentações", diz à Renascença Luis Murcho, da "startup" Glartek, logo a seguir a ter feito o seu "pitch".
A Glartek é uma aplicação que pretende melhorar a rentabilidade da indústria com a ajuda da realidade aumentada.
"Com a nossa aplicação, basta apontar o telemóvel para equipamentos industriais e obter informação que está escondida na máquina", explica Luís. Os técnicos podem, por exemplo, antever problemas que a máquina vai ter e garantir uma resposta de intervenção mais rápida.
"Quando estamos a falar de unidades industriais que têm uma produção de mil ou dois mil euros por segundo (por exemplo, máquinas de gelado ou na indústria automóvel), que estão sempre a produzir, uma paragem de produção pode resultar em perdas que podem ir de mil a 40 mil euros por segundo", explica.
Voltamos aos "pitches". A apresentação do Luís valeu uma passagem à meia final e nova oportunidade para apresentar o negócio. Se conseguirem passar à final, no último dia da Web Summit estarão no palco principal do Altice Arena.
O vencedor terá direito a um prémio monetário (no ano passado foi 100 mil euros) e passa a inscrever no currículo "vencedor do Pitch Web Summit".