O primeiro-ministro, António Costa, garante que não desvaloriza a corrupção e acrescenta que também não desvaloriza a mentira.
Num artigo de opinião que assina no "Observador", o primeiro-ministro responde aos críticos da posição que assumiu há uma semana, quando confrontado pelos jornalistas sobre a demissão do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, constituído arguido suspeitas de corrupção e participação económica em negócio,
Costa argumenta que a pergunta dos jornalistas não era sobre corrupção e que assistiu à "construção de uma mentira".
O artigo de Costa tem por título “Desvalorizo a corrupção?” e o próprio que pergunta dá a resposta. António Costa queixa-se de ter assistido na última semana à “construção de uma mentira a partir da deturpação de uma resposta a uma pergunta”, que diz “não ter sido feita”.
O primeiro-ministro chega mesmo a fazer a transcrição das questões e das respostas dadas à margem Conselho de Ministros informal, que decorreu em Sintra, sublinhando que nem os jornalistas nem ele próprio falaram em corrupção.
António Costa sublinha várias vezes que não desvaloriza a corrupção nem a mentira, argumentando com exemplos como a reforma legislativa que produziu com o Ministério da Justiça, as medidas de transparência que introduziu na gestão municipal e o reforço de meios de combate à corrupção por parte da Polícia Judiciária.