O diretor do Centro Hospitalar Lisboa-Norte, Carlos Martins, reconhece a falta de enfermeiros no Santa Maria e no Pulido Valente.
Carlos Martins confirma à Renascença que, desde o início do ano, mais de 100 profissionais abandonaram a unidade hospitalar, o que obrigou a fechar um setor de cirurgia e a reduzir o número de camas.
O responsável garante, contudo, que a segurança dos doentes não está em causa: “Não está em causa a nossa capacidade de resposta, não está em causa, muito pelo contrário, a nossa qualidade e a segurança dos doentes. Está em causa atos normais de gestão quando temos, momentaneamente, alguns constrangimentos, como é caso.”
Carlos Martins acrescenta que a decisão de encerrar um setor da cirurgia não é inédita. “Por vezes tem acontecido sobretudo em períodos de verão e períodos de menos atividade e que temos que gerir a escala das férias e fizemos também uma relocalização de um conjunto de camas procurando gerir melhor os recursos humanos disponíveis”, explica.
De acordo com o “Diário de Notícias”, saíram, desde o início de 2018, “103 enfermeiros, dos quais 64 para centros de saúde - ao abrigo de um concurso aberto pela Administração Central do Sistema de Saúde -, e 39 por rescisão de contrato para irem para o privado ou para outras unidades de saúde. Em sentido inverso, foram admitidos no mesmo período de tempo 49 enfermeiros, menos de metade dos que abandonaram”.