A NATO mudou o seu pessoal da delegação da capital ucraniana, Kiev, para Lviv, no oeste do país, e para o seu quartel-general em Bruxelas por razões de segurança, afirmaram hoje fontes da Aliança Atlântica à agência Efe.
Salientaram que a NATO e os países seus aliados estão "a seguir e a avaliar a situação de perto", que continuam a "tomar todas as medidas necessárias" e que continuam a "pedir à Rússia para que reduza a tensão e escolha o caminho da diplomacia".
Os Estados Unidos anunciaram a mudança temporária da sua embaixada na Ucrânia de Kiev para Lviv, a maior cidade do oeste da Ucrânia, para longe da zona de tensão no leste.
Alemanha, França e Áustria apelaram este sábado aos seus cidadãos para abandonarem a Ucrânia, seguindo os mesmos passos dos Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, Espanha e Grécia.
O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.
Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.
Entretanto, nos últimos dias, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos têm vindo a acusar-se mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
Os líderes dos separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, decretaram a mobilização geral para fazer face a este aumento da violência.
Os observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informaram na sexta-feira que as violações do cessar-fogo na região registaram um "aumento significativo", com mais de 800 violações só na sexta-feira, mais do triplo da média do último mês.