A Federação de Bombeiros do Algarve responsabiliza o Centro Hospitalar do Algarve pelo atraso no transporte de doentes.
A Renascença relatou o caso de uma doente oncológica que esperou seis horas por transporte no hospital de Faro, devido à falta de macas, que obriga as ambulâncias a permanecerem com doentes mais tempo do que seria necessário.
O Centro Hospitalar limita-se a dizer que as ambulâncias são da responsabilidade de entidades privadas ou dos bombeiros.
O representante dos bombeiros algarvios, Steven Sousa Piedade, não aceita esse argumento.
“A partir do momento em que nós entregamos um doente no hospital e o CHUA não tem maca para receber o doente, e esse doente fica na maca da ambulância do corpo de bombeiros, como é que a culpa é nossa?”
Steven Sousa Piedade recusa a possibilidade de os doentes serem deixados numa cadeira ou mesmo "de pé no corredor".
“E a partir do momento que o CHUA não tem maca, os bombeiros vão ter de esperar para que o CHUA arranje uma maca para podermos passar o doente para a maca do CHUA. Enquanto isso não acontece infelizmente as ambulâncias vão ter de ficar retidas e infelizmente porquê? Porque todo o socorro a partir daí fica comprometido porque a ambulância não pode sair do CHUA, portanto não é culpa dos bombeiros”, sublinha o representante dos bombeiros algarvios.
Estas afirmações acontecem depois de uma doente oncológica, em fase avançada da doença, estar seis horas à espera de uma ambulância que a levasse do Hospital de Faro para casa.
A doente, de 73 anos, que já não consegue andar, já tinha esperado mais de uma hora por uma ambulância que a transportasse de casa para o hospital. Tudo pela falta de macas no hospital, disse a família.