O incêndio que começou ao início da tarde de quinta-feira na freguesia de Torres do Mondego, concelho de Coimbra, entrou em resolução pelas 12h29 desta sexta-feira, mantendo-se no terreno mais de 500 bombeiros, disse fonte dos bombeiros.
As chamas destruíram uma zona de povoamento florestal de eucalipto e pinheiro, de difícil acesso aos meios terrestres, localizada entre a margem esquerda do rio Mondego e a margem direita do rio Ceira, não colocando, no entanto, povoações em risco.
De acordo com a página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 13h20 de hoje mantinham-se no local, em trabalhos de consolidação e rescaldo, 520 operacionais, apoiados por 155 viaturas e seis meios aéreos.
A atualização foi feita cerca de uma hora depois de os bombeiros locais terem avançado que o fogo deverá ser dominado durante a tarde.
Aos jornalistas, na segunda de duas conferências de imprensa esta manhã, o subcomandante Nuno Seixas, do Comando Subregional da Proteção Civil de Coimbra, explicou que "os trabalhos estão a decorrer favoravelmente e [as chamas] estão a ceder aos meios que estão no combate".
"Temos boas perspetivas de, nos próximos tempos, dominarmos o incêndio", indicou o responsável.
Questionado sobre se o incêndio continua com duas frentes ativas, o subcomandante regional confirmou que "há pequenos focos que ainda merecem cuidado, porque estão em zonas inacessíveis, e portanto esses locais podem reativar com alguma violência e complicar as operações".
Tudo vai "depender da meteorologia", mas expectativa é a de, "num curto espaço tempo, termos o incêndio dominado", adiantou.
Num primeiro ponto de situação feito cerca das 10h de hoje, o vereador da Câmara de Coimbra tinha indicado que os meios aéreos começaram a operar ao início da manhã, no apoio aos mais de 500 operacionais no terreno, e que as chamas se mantinham em zona florestal de eucalipto e pinheiro, sem ameaçarem diretamente povoações.
O autarca explicou que o incêndio “mantêm-se só no território do concelho de Coimbra”, observando, no entanto, que a zona de São Frutuoso é “historicamente” uma zona “complicada”, ficando na transição com o município vizinho de Vila Nova de Poiares, onde a orografia do terreno “é também muito complexa”.
“E estamos a evitar a todo o custo que isso possa acontecer”, enfatizou Carlos Lopes.
A segunda frente, em Palheiros, freguesia de Torres do Mondego – onde o incêndio começou pelas 15h19 de quinta-feira – “está mais estabilizada”, tendo as autoridades, durante a noite, conseguido chegar à linha de fogo com o auxílio de máquinas de rasto.
Durante a noite e madrugada de hoje, a humidade relativa, que chegou aos 70% entre as 03h00 e as 05h00, “também ajudou a acalmar um bocadinho as chamas”, indicou o vereador.
Carlos Lopes admitiu que as previsões meteorológicas para as próximas horas possam ser um aliado dos operacionais no terreno, já que “a partir das cinco da tarde [17h00] poderá surgir alguma pluviosidade, o que era importantíssimo para consolidarmos esta estabilização dos incêndios e entramos numa fase de rescaldo”, notou.
De acordo com a página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 10h40 de hoje combatiam as chamas em Coimbra um total de 540 operacionais, apoiados por 169 viaturas e nove meios aéreos.
[atualizado às 13h30]