Portugal vai reforçar a capacidade de transporte e evacuação da missão na República Centro-Africana com seis viaturas blindadas Pandur e poderá aumentar o contingente até mais 30 militares, disse à agência Lusa fonte do Estado-Maior das Forças Armadas.
A decisão do aumento da "capacidade de transporte, evacuação e poder de fogo", com seis Pandur do Exército mereceu esta sexta-feira parecer favorável do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), que aprovou também o reforço do contingente nacional na missão da ONU na RCA, MINUSCA, de "até mais 30 militares".
Segundo fonte do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), o contingente português na MINUSCA poderá ser aumentado a partir de setembro, na 4.ª Força Nacional Destacada (FND) na ONU, composta maioritariamente por militares paraquedistas.
Atualmente, estão 159 militares portugueses na MINUSCA.
O envio de seis viaturas blindadas PANDUR - a missão portuguesa dispõe de viaturas Humvee - robustece a "capacidade de transporte, evacuação e poder de fogo para empregar, caso a situação operacional o recomende", disse a mesma fonte.
A FND na missão da ONU tem estado com frequência envolvida em confrontos no terreno e as medidas hoje aprovadas no CSDN visam corresponder às avaliações do nível de ameaça e de risco, acrescentou.
Segundo a mesma fonte, entre os "ajustamentos" que mereceram hoje parecer favorável no CSDN, está o envio de mais dois oficiais de ligação para a missão da NATO no Afeganistão, no aeroporto de Cabul, passando o contingente português de 160 para 162 militares.
O CSDN deu ainda parecer favorável à substituição do navio de investigação científica D. Carlos por um Navio Patrulha Oceânico por um período de 70 dias na missão Mar Aberto, no Golfo da Guiné.