Mais de uma dezena de ativistas climáticos do coletivo Climáximo bloquearam, esta quinta-feira, o trânsito na Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, em direção da entrada do túnel do Marquês de Pombal, em Lisboa.
Após mais de uma hora de bloqueio, dez ativistas foram detidos pela polícia e levados para a esquadra do Calvário.
Os jovens sentaram-se na estrada em protesto pelas políticas governativas e ação das empresas que ignoram os impactos ambientais.
À Renascença, o grupo diz que os ativistas foram arrastados por populares para a beira da estrada, antes da chegada da polícia.
Em comunicado, o grupo que dia que alguns ativistas bloquearam a estrada e outros dois penduraram-se no viaduto com uma faixa onde se podia ler "governos e empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta".
"Passado uma conferência de clima sem qualquer acordo vinculativo, presidida pelo executivo de uma petrolífera, a sociedade não pode voltar à complacência da marcha rumo ao abismo", pode ler-se. "Os apoiantes do Climáximo interromperam uma das principais artérias de acesso à cidade de Lisboa, onde centenas de milhares de carros entram todos os dias, muitos sem qualquer alternativa de transportes públicos acessíveis".
"Ontem no Dubai fechou-se a 28º conferência do colapso climático, sem qualquer passo concreto para reduzir drasticamente emissões, e garantir uma transição digna para as pessoas. Foi um evento onde se confirmou a declaração de guerra dos governos e empresas emissoras a toda a sociedade atual e gerações futuras", disse uma das ativistas
O grupo de ativistas tem desenvolvido inúmeras ações nos últimos meses, tendo por várias vezes interrompido a circulação de trânsito em várias zonas da capital, como a Rua da Escola Politécnica ou a segunda circular.
"Estão a destruir tudo o que tu amas" foi o alerta exposto numa faixa pelos jovens em frente ao Museu de História Natural e da Ciência.
Poucos dias antes, um outro grupo colou-se a um avião que ia fazer a ligação Lisboa-Porto, no aeroporto da Portela, em protesto contra os voos de curto alcance e pela defesa do investimento na ferrovia.
Entre as ações mais mediáticas esteve o ataque com tinta verde ao ministro do Ambiente ou ao ministro das Finanças.
[notícia atualizada às 10h57 com a informação da detenção]