O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo faz um balanço muito positivo da Volta a Portugal que terminou em Vila Nova de Gaia com a vitória do uruguaio Maurício Moreira da Glassdrive-Q8-Anicolor.
Delmino Pereira elogia a resposta dada na estrada pelos ciclistas e pelos adeptos, que merecem todo o respeito, depois dos problemas com o doping que levaram à suspensão da equipa que tem o patrocínio da W52 e do FC Porto.
O presidente da federação pede às autoridades competentes que resolvam o mais depressa possível o processo “Prova Limpa”: “É um problema do ciclismo profissional que tem de ser resolvido, as autoridades competentes devem resolvê-lo para bem de todos e do espetáculo que é muito poderoso, basta ver o mar de gente que esteve no final da Volta em Vila Nova de Gaia. Temos de garantir às pessoas que aquilo que estão a ver é verdadeiro”
Delmino Pereira lembra que o recente caso de doping no ciclismo português nada teve a ver com a Volta a Portugal: “O problema é que o processo teve desenvolvimentos de grandes decisões perto da Volta. Começando a corrida os protagonistas estiveram presentes e a prova conseguiu crescer. A verdade é que este problema começou em abril e vai continuar. A Volta começou numa circunstância difícil, mas foi crescendo. O público aderiu e as audiências da televisão também foram boas. A Volta acabou em grande. O ciclismo são as pessoas e a emoção e isso aconteceu nesta Volta a Portugal em bicicleta”, referiu a Bola Branca o antigo ciclista e o atual líder do organismo que lidera a modalidade em Portugal.
A prova decorreu de 4 a 15 de agosto com domínio total da Glassdrive-Q8-Anicolor que colocou três corredores no pódio, não dando hipóteses à concorrência. A equipa de Rúben Pereira mostrou ser muito forte, dominado as etapas mais importantes da competição. A edição de 2023 já está a ser delineada com a partida prevista para Viseu e a chegada para Viana do Castelo.