É da praxe. Todos os anos os grupos parlamentares juntam-se para jantares de Natal e de final de sessão legislativa. No caso do PS e do PSD, a tradição é serem eventos onde há discursos políticos dos líderes partidários e da bancada parlamentar.
O PS fez o seu no dia do debate sobre o estado da Nação, ocasião aproveitada por Carlos César para anunciar que abandona o Parlamento.
O PSD, pelo contrário, não teve jantar oficial, mas houve convívio na mesma para quem quis, na quinta-feira à noite, e mais de metade da bancada participou numa espécie de jantar alternativo. E nele não estiveram presentes nem Rui Rio, presidente do partido, nem Fernando Negrão.
O mobilizador, ao que a Renascença sabe, foi Maurício Marques, deputado eleito por Coimbra e conhecido entre os seus colegas como assíduo organizador de outros jantares e convívios.
O encontro de ontem,na véspera da última reunião plenária da legislatura, decorreu em Lisboa, no restaurante Tasca do João e, segundo relatam alguns dos participantes, o prato principal foi sardinhas.
Estiveram perto de 50 deputados, ou seja mais de metade da bancada, que tem 89. Estavam - segundo o relato feito à Renascença - deputados de todos os distritos e tendências, atuais vice-presidentes da bancada como Carlos Peixoto, Rubina Berardo e Leitão Amaro. Para além desses, marcaram presença o ex-líder parlamentar, Hugo Soares, e alguns dos seus vice, como Nuno Serra, bem como Luís Leite Ramos, Pedro Pimentel, José Cesário, Virgílio Macedo, Andreia Neto, Cristóvão Norte, entre muitos outros.
A falta de jantar oficial de fim de sessão motivou várias críticas dos deputados. Ainda para mais não seria só jantar de fim de sessão, mas de fim de legislatura, e de uma particularmente difícil para o PSD.
O líder parlamentar, Fernando Negrão, justificou a sua ausência com dificuldades de agenda. No ano passado, o jantar realizou-se a 17 de julho, no restaurante do edifício novo do Parlamento, e contou com a presença e o discurso do presidente do PSD, Rui Rio.