Pastoral Penitenciária. Visitas aos reclusos "são facto de reinserção social"
16-06-2020 - 20:19
 • Henrique Cunha

Coordenador nacional da Pastoral Penitenciária saúda regresso das visitas aos reclusos. À Renascença, o padre João Gonçalves fala num momento importante para as pessoas não se esquecerem que têm apoio no exterior.

O coordenador nacional da Pastoral Penitenciária, o padre João Gonçalves, saúda a possibilidade de os reclusos poderem voltar a receber visitas.

A Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais admite visitas a partir do início desta semana, desde que sejam criadas as condições de segurança sanitária para que isso aconteça. Para o efeito, a direção dos serviços prisionais exige que os parlatórios estejam em conformidade com as orientações da DGS, ou seja, estejam dotados de separadores acrílicos.

O coordenador nacional da Pastoral Penitenciária diz à Renascença que "as visitas são facto de reinserção social". O sacerdote refere que “esta abertura, ainda que condicionada porque os contágios continuam com a mesma força, é importante para as pessoas não se esquecerem que têm um apoio exterior”.

O padre João Gonçalves considera importante a manutenção da proibição de visitas durante o período mais agudo da pandemia, pois tratou-se de uma medida “para o bem dos próprios presos e dos seus familiares e amigos”. “Tudo isto deve ser visto pelo lado positivo pois aqui há uma atenção muito grande pela boa saúde das pessoas”, acrescenta.

O sacerdote pede também “muito cuidado e serenidade nas visitas de caracter pastoral e religioso”. “Quem vai lá, padres, religiosos diáconos, leigos, quem faz parte do voluntariado e das capelanias têm que ser pessoas seguras de que não levam nenhum tipo de contágio”, conclui.

As visitas aos presos foram proibidas em março. A partir desta segunda-feira, desde que criadas as condições impostas pela DGS, passam a ser permitidas as visitas aos estabelecimentos prisionais, e aos centros educativos. Nas palavras dos serviços prisionais, as visitas regressam “à medida que os parlatórios estejam em conformidade com as orientações da Direção Geral de Saúde”.