Os terroristas do autoproclamado Estado Islâmico reivindicam os ataques desta quinta-feira junto ao aeroporto de Cabul, no Afeganistão, avança a agência Reuters.
O Estado Islâmico anunciou a autoria dos atentados bombistas através da conta do grupo extremista no serviço de mensagens Telegram.
Segundo fontes citadas pelas agência internacionais, morreram pelo menos dez soldados norte-americanos e 60 cidadãos afegãos, adiantou o Ministério da Saúde do Afeganistão. Mas ainda há muita incerteza em relação ao número de vítimas.
Fonte do Ministério da Defesa garantiu à Renascença que os militares portugueses em Cabul estão bem.
O general Kenneth McKenzie, do Comando Central dos EUA, afirmou, numa conferência de imprensa ao início da noite, que as suspeitas recaem sobre o Estado Islâmico.
Os dois bombistas suicidas "pertenceriam ao ISIS", disse o chefe militar norte-americano.
"Após o ataque contra o portão Abbey do aeroporto de Cabul, homens armados do ISIS abriram fogo contra civis e elementos das forças militares", declarou o general Kenneth McKenzie.
O Pentágono vai continuar as operações de evacuação, apesar dos ataques desta quinta-feira, adiantou o general Kenneth McKenzie.
De acordo com o líder militar, a prioridade agora é garantir a segurança e impedir que um bombista consiga entrar nas imediações do aeroporto de Cabul.
Portugal tem resposta para receber mais de 300 afegãos, mas da lista prioritária constam 116 pessoas - são colaboradores que trabalharam diretamente para as forças nacionais destacadas (FND), no Afeganistão, e as respetivas famílias. A informação foi avançada à Renascença esta quinta-feira pelo Ministério da Presidência que está a coordenar o processo.
A nota lembra que o país “mostrou-se imediatamente disponível para receber 50 pessoas. Hoje, podemos já afirmar a nossa capacidade e disponibilidade para ultrapassar esse número, sendo que estão a ser desenvolvidos todos os esforços para retirar as pessoas que constam da lista prioritária”.