O presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal indica que há uma tendência de regresso dos refugiados ucranianos a casa.
Ouvido pela Renascença, Pavlo Sadokha refere que ainda não há números oficiais a comprovar, mas que tem acompanhado o movimento através dos contactos que tem mantido.
"A partir da libertação de terras ocupadas pelos russos, os refugiados terão voltado", realça.
Na semana passada, o SEF divulgou que Portugal já recebeu mais de 53 mil refugiados ucranianos, desde o início da guerra. Para Pavlo Sadokha, atualmente, "há muito menos ucranianos a residir em Portugal do que mostram os números".
Por outro lado, os recentes bombardeamentos da Rússia em territórios ucranianos não terão motivado uma nova onda de refugiados. Segundo o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, "os novos ataques não provocaram algo semelhante ao que aconteceu logo a seguir a 24 de fevereiro".
"O objetivo de Putin de manter os ucranianos em medo não deu resultado. Os ucranianos decidiram que a única solução deste conflito é a vitória total do povo ucraniano", acredita.
Mesmo assim, o representante manifesta "preocupação" pelos ataques registados em solo ucraniano, que têm afetado "infraestruturas importantes" para enfrentar o inverno.
O Parlamento Europeu atribuiu esta quarta-feira o Prémio Sakharov de direitos humanos ao "corajoso povo ucraniano", pelo seu papel na Guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro deste ano.
Em reação, à Renascença, Pavlo Sadokha considera que o prémio "tem mais importância política do que monetária", pois comprova que os ucranianos "lutam pelos valores democráticos e humanos e não contra a Rússia e o povo russo".