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A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirma à Renascença a abertura de um inquérito criminal ao incêndio em que morreram 73 animais de estimação, que estavam instalados em dois canis ilegais de Santo Tirso.
O processo corre termos no DIAP da Procuradoria-Geral da República do Porto, secção de Santo Tirso.
O inquérito está em segredo de justiça e não tem arguidos constituídos. Surge na sequência da queixa apresentada pelo PAN em que era pedida a responsabilização das duas proprietárias dos canis ilegais “Cantinho das Quatro Patas” e “Abrigo de Paredes”, onde viviam ilegalmente centenas de animais, e também do veterinário municipal, entretanto demitido pelo presidente da Câmara de Santo Tirso.
Além do inquérito-crime, o incêndio, que atingiu dois canis localizados na zona florestal da freguesia da Agrela, concelho de Santo Tirso, está a ser alvo de um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).
A IGAI está a proceder ao apuramento dos factos relacionados com a atuação da Guarda Nacional Republicana (GNR) e dos agentes de Proteção Civil no terreno, durante o incêndio, e que populares acusaram de ter impedido o resgate dos animais.
O incêndio nos dois canis deu também origem à demissão do diretor-geral de Alimentação e Veterinária. Fernando Bernardo pediu a demissão do cargo na sexta-feira, depois de o primeiro-ministro, António Costa, afirmar, no debate do estado da Nação, que a DGAV não tem sido competente para lidar com o abandono dos animais de companhia.