O Papa presidiu esta quinta-feira à Missa da Ceia do Senhor, na Casa de Reclusão de Paliano, em Frosinone, a sul de Roma, e lavou os pés a 12 presos da instituição.
“Deus ama assim! Até ao fim. E dá a vida por cada um de nós, e orgulha-se disso, porque Ele é amor”, disse Francisco aos reclusos durante a celebração acompanhada pela Rádio Vaticano.
De acordo com o serviço informativo da Santa Sé, o Papa argentino realizou o rito do "lava-pés" a 12 dos 70 presos actualmente integrados naquele estabelecimento, “10 italianos, um argentino e um albanês”.
“Entre eles estavam também três mulheres e um homem muçulmano que vai receber o sacramento do baptismo no próximo mês de Junho”, refere a mesma fonte.
“Amar até ao fim... não é fácil porque todos somos pecadores, todos temos os nossos limites, defeitos, tantas coisas. E sim, todos sabemos amar, mas não como Deus que ama sem olhar às consequências”, prosseguiu Francisco, destacando o gesto de lavar os pés como sinal de humildade e atenção a todos.
"Não é folclore", mas um sinal de "amor", um convite deixado por Jesus, que se fez “servo” para que "outros também o façam" aos mais necessitados.
“Aquele que parece o maior, que o faça aos outros”, exortou o Papa, que desafiou os reclusos a ajudarem-se uns aos outros, “cada companheiro”, porque isso é "semear amor”.
A Casa de Reclusão de Paliano, situada na província de Frosinone e diocese de Palestrina, a sul de Roma, é o único estabelecimento correccional de Itália reservado para colaboradores da justiça.
Dois dos presos foram condenados a prisão perpéctua, enquanto os outros reclusos estão a cumprir penas cujo fim varia entre 2019 e 2073.