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Vitorino Silva, que se assumiu nestas eleições presidenciais como o candidato do povo, não conseguiu repetir a vitória de há cinco anos na freguesia de que é natural, Rans, no concelho de Penafiel.
Em 2016, Tino de Rans teve quase mais 400 votos do que Marcelo Rebelo de Sousa e obteve 60,93%. Desta vez perdeu para o agora reeleito presidente por 20 votos. Tino teve 369 votos e Marcelo 389 votos.
Há cinco anos votaram 1.021 votantes, enquanto que desta vez foram apenas 893 eleitores a irem às urnas.
Confrontando com a derrota para Marcelo na sua freguesia, Vitorino Silva justificou que a corrida, este ano, "foi desigual".
"Concorri contra o Presidente da República. Ele esteve cinco anos a fazer campanha. Fiquei contente com o resultado que tive em Rans. Foi uma honra ficar em segundo em Rans, atrás do Presidente da República", observou.
Tino renovou o convite a Marcelo Rebelo de Sousa para ser o primeiro Presidente da República a visitar Rans e reforçou satisfação por ter conseguido votos "em todo o mundo".
Objetivo é "ter mais um voto do que há cinco anos"
Numa primeira reação aos resultados, Vitorino Silva confessou que só quer “ter mais um voto” do que há cinco anos, mostrando-se esperançoso com a possibilidade de ter mais votos do que em 2016.
“Eu só acredito numa sondagem que é a da contagem dos votos mas estava em zeros durante muito tempo (…) Agora é esperar pelos resultados. Acho que devo estar orgulhoso pelo caminho que tive e é um bom caminho”, considerou o candidato.
Vitorino Silva, que está a acompanhar os resultados das eleições presidenciais a escassos metros de sua casa, em Rans, Penafiel, acrescentou ainda que será uma “honra ficar em sétimo lugar apesar de haver oito pessoas no boletim de voto”, referindo-se a Eduardo Baptista, que não conseguiu assinaturas suficientes para a oficialização da candidatura.
“Toda a gente sabe que o meu grande objetivo é ter mais um voto [do que há cinco anos] e estou esperançado e acho que posso conseguir mais um voto”, disse à Lusa o candidato, ao telefone.
Momentos depois, em declarações aos jornalistas em Penafiel, Tino acrescentou que fez “uma campanha limpinha”, “sem padrinhos, sem pai, apenas com apoio de amigos” provando, segundo o próprio, que “é possível qualquer português ser candidato”, deixando um apelo: “não tenham medo”.
Os dados da sondagem da Católica para a RTP dão a Vitorino Silva 2 a 4% de votos, a SIC (sondagem ISCTE/ ICS/GFK Metris para o canal da Impresa) coloca-o entre os 1,3 e os 3,3%. Já a TVI (Pitagórica) projeta um resultado para o candidato apoiado pelo RIR entre os 0,9 e os 4,9%. Para a CMTV, a sondagem da Intercampus prevê que Tino de Rans tenha 1,6 a 4% dos votos.
Todos os máximos destas projeções apontam para resultados ligeiramente superiores para Vitorino Silva comparativamente a 2016.
Há cinco anos, o candidato natural de Rans (Penafiel) conseguiu ficar em sexto lugar nas intenções de voto, com 3,28%, o equivalente a 152.094 votos – logo atrás do candidato apoiado pelo PCP, Edgar Silva, e a menos de 1% de distância da candidata socialista Maria de Belém.
As projeções da RTP, SIC e TVI apontam para uma vitória de Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais de hoje, com a socialista Ana Gomes em segundo e André Ventura, do Chega, em terceiro.
Com estes resultados, em que Marcelo tem mais de 50%, o atual Presidente da República ganha as eleições à primeira volta, de acordo com estas três projeções.