A recém-criada Associação de Lesados do BES da Venezuela e África do Sul reclama para si uma solução igual à encontrada para os clientes nacionais e vai esta segunda-feira reivindicar a criação de um fundo.
Ao que a Renascença apurou, na reunião desta segunda-feira em São Bento – onde a comitiva vai ser recebida Mariana Melo Egídio, assessora do gabinete do primeiro-ministro – a associação vai pedir a mesma solução aplicada aos lesados do BES aprovada em Julho no Parlamento, ou seja, a criação de um fundo de recuperação de crédito.
A solução adoptada pelo Governo e reguladores para ressarcir os clientes que compraram papel comercial aos balcões do BES propõe aos lesados a recuperação de 75% do valor investido, até um máximo de 250 mil euros, no caso de aplicações até 500 mil euros. Acima deste valor, podem recuperar metade do investimento. O fundo de recuperação de crédito trata das indemnizações.
Quando foi aprovado, o diploma já previa a possibilidade de esta solução ser alargada aos emigrantes, pelo que a associação espera agora negociar com o Estado um adiantamento do dinheiro investido e, segundo fonte próxima, recuperar o resto em tribunal.
Para tal, a comitiva está já há alguns dias em Lisboa. Neste momento, a associação conta com cerca de 150 associados, incluindo lesados do BES e do Banif, mas a reunião desta segunda-feira vai ser para discutir apenas uma solução para o BES.