A presidente do CDS, Assunção Cristas, exige do Governo "critérios claros" para as escolas com contratos de associação e apela para que o exame do 11.º ano, no dia 21, se realize "com toda a tranquilidade".
"Um Governo das esquerdas unidas, que se reclama defensor da escola pública estatal, aquilo que nós vemos hoje é que é [defensor] da escola estatal e da escola privada, desde que seja dos seus amigos socialistas ou, nalguns casos, desde que esteja em concelhos que porventura sejam governados por presidentes de câmara socialistas. Aquilo que nós exigimos é transparência nos critérios", disse na Guarda a líder do CDS em relação às escolas com contratos de associação.
Assunção Cristas pede "critérios claros, limpos", que permitam perceber "porque é que, de repente, se alteram definições geográficas para excluir umas escolas e passar a incluir outras".
O CDS considera que o assunto tem que ser esclarecido pelo Ministério da Educação e, a serem verdade as notícias "que vêm agora a lume, é mais grave" do que imaginava, porque tem a ver "com proximidade a interesses da área socialista" e não a interesses relacionados com a qualidade de ensino para todos, disse Assunção Cristas.
A presidente do CDS-PP, que falava à margem da abertura da sede de campanha da coligação autárquica "Guarda em Primeiro" (CDS, MPT e PPM), mostrou-se também preocupada com a greve anunciada para o dia 21, quando se realiza um exame de 11.º ano.
Apelou "para que haja bom senso, respeito pelo trabalho dos alunos, dos professores e das famílias e que se dê a tranquilidade, a garantia de que haverá exame para todos e em condições de grande serenidade".
Cristas disse ainda que está nas mãos do Governo garantir, no limite com recurso aos serviços mínimos, que "essa prova se realiza com toda a tranquilidade".
A líder partidária referiu ainda que a educação é um tema que está a preocupar o CDS.
"Estamos no final do ano lectivo, numa altura em que os alunos, os pais e os professores devem ter tranquilidade para concluir com bom sucesso este ano lectivo e não vemos, quer no que respeita ao exame do dia 21, se vai ou não acontecer e em que circunstâncias, quer no que respeita, por exemplo, às matrículas do próximo ano em tantas escolas que têm contratos de associação e que vêem com muita dificuldade a manutenção dessas turmas, em muitos casos, a dúvida sobre se poderão abrir ou não", justificou.