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A vacinação contra a Covid-19 em Portugal já terá permitido evitar cerca de 700 mortes nos últimos dois meses e meio.
A conclusão é retirada por investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto que estudaram o rácio entre o número de casos e o número de mortes anteriores ao início da vacinação e utilizaram as estimativas para calcular o valor esperado de óbitos, numa altura em que já se regista um grande impacto da vacinação nomeadamente nos grupos populacionais mais idosos.
O estudo, divulgado esta sexta-feira no jornal Público, mostra que no final de outubro, com um número de novos casos semelhante ao atual, os óbitos diários oscilavam entre as três a quatro dezenas, enquanto que, na semana passada, a média foi de seis a sete mortes por dia, ou seja, registaram-se cinco vezes menos mortes.
Apesar de as mortes com Covid-19 terem vindo a aumentar nos últimos dias, os números não se comparam com os que se verificavam no período anterior ao início da campanha de vacinação.
“Há uma redução de cerca de 80%” nos óbitos, quando se compara a situação atual com a vivida no final de outubro”, refere ao Público Carlos Antunes, matemático e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que analisa os dados diariamente fornecidos pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o matemático, o efeito da vacinação vê-se pela redução da incidência e pela redução da gravidade da doença e do número de óbitos.
Os investigadores alertam, no entanto, que o padrão da mortalidade, apesar de a proporção ter diminuído, não se alterou, sublinhando que os mais velhos continuam a ser os que mais morrem com Covid-19, em números absolutos.