O Vaticano abriu uma investigação sobre o caso do desaparecimento de Emanuela Orlandi.
A jovem adolescente, filha de um funcionário do Vaticano, desapareceu no dia 22 de junho de 1983.
A decisão surge na sequência de vários pedidos da família da adolescente desaparecida.
O diretor do gabinete de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou esta segunda-feira que o promotor de Justiça do Vaticano, Alessandro Diddi, confirmou a decisão de reabertura da investigação, indica o site Vatican News.
Em julho de 2019, o Vaticano anunciou a reabertura de dois túmulos no Campo Santo Teutónico, como resposta ao pedido da família de Emanuela Orlandi, mas o corpo da jovem não foi encontrado.
A Santa Sé informou na altura que nas escavações, tanto dentro dos muros do Vaticano, como na sede da Nunciatura na Itália, não foi encontrada “nenhuma estrutura óssea que remonte a um período posterior” ao final do século XIX.
Em abril de 2020, a Justiça do Vaticano determinou o arquivamento do caso que investigou os restos mortais encontrados no Campo Santo Teutónico, descartando qualquer relação com o desaparecimento de Emanuela Orlandi.
O caso foi aberto no verão de 2019 com a denúncia dos familiares da jovem, que indicava uma sepultura do Campo Santo Teutónico, no interior do Estado da Cidade do Vaticano, alegando que a mesma seria o túmulo de Emanuela.
Apesar do encerramento, a Justiça do Vaticano deixou à família Orlandi a possibilidade “de proceder, de maneira privada, a outras verificações adicionais sobre alguns fragmentos já encontrados e protegidos, em recipientes selados”.
Agora, foi reaberta a investigação sobre o caso do desaparecimento de Emanuela Orlandi, que recentemente foi recordado por um documentário da Netflix “Vatican Girl: The Disappearance of Emanuela Orlandi”.
Emanuela Orlandi desapareceu misteriosamente em junho de 1983, depois de ter saído de casa para ir às aulas de música.