Se o Orçamento do Estado para o próximo ano se mantiver, os professores não vão abandonar a contestação. A garantia é dada à Renascença pelo secretário-geral da Fenprof.
“Mantendo-se o orçamento, evidentemente, mantém-se os protestos e dia 13 estaremos na rua”, disse Mário Nogueira esta quarta-feira, no rescaldo da demissão de António Costa.
O dirigente sindical acrescenta que o cenário de dissolução da Assembleia da República apenas depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024) parece ser o mais provável, mas admite que Marcelo Rebelo de Sousa pode tomar “decisões que nos surpreendem”.
O protesto para dia 13 de novembro coincidirá com a expectável deslocação do ministro da Educação, João Costa, ao Parlamento para “defender o que nós dizemos que é indefensável, que são as verbas previstas para 2024 no setor da educação”, diz Mário Nogueira.
António Costa apresentou ontem demissão do cargo de primeiro-ministro, depois de ter tomado conhecimento de que está a ser alvo de um inquérito-crime do Supremo Tribunal de Justiça por alegado tráfico de influência nos negócios do lítio, hidrogénio verde e instalação de um mega data center em Sines.
O Presidente da República aceitou a demissão de Costa e está agora a ponderar se dissolve a Assembleia da República e convoca eleições antecipadas ou se o Partido Socialista tem condições para voltar a formar Governo.
Esta quarta-feira, Marcelo vai receber em Belém todos os partidos com assento parlamentar. Para amanhã está marcada uma reunião do Conselho de Estado, a seguir à qual é esperado que o Presidente fale ao país.