O Governo espanhol rejeitou esta quarta-feira a proposta da Comissão Europeia de uma redução de 15% no consumo de gás na União Europeia (UE) até à primavera, numa altura em que se prepara para um possível corte de fornecimento russo.
“Defendemos os valores europeus, mas não podemos assumir um sacrifício sobre o qual nem sequer nos pediram parecer prévio”, disse a terceira vice-presidente e ministra para a Transição Ecológica de Espanha, Teresa Ribera, em conferência de imprensa.
Teresa Ribera considerou que a ideia “não é necessariamente a mais eficaz, nem a mais eficiente, nem a mais justa”.
“Aconteça o que acontecer, as famílias espanholas não vão sofrer cortes de gás ou eletricidade nas suas casas”, acrescentou, insistindo que Espanha também “vai defender a posição” da sua indústria.
A Comissão Europeia propôs uma meta para redução do consumo de gás na União Europeia (UE) de 15% até à primavera, quando se teme corte no fornecimento russo, admitindo avançar com redução obrigatória da procura perante alerta.
Num pacote publicado sobre “poupar gás para um inverno seguro”, o executivo comunitário aponta que “a UE enfrenta o risco de novos cortes no fornecimento de gás da Rússia, devido ao armamento das exportações de gás do Kremlin, com quase metade dos Estados-membros já afetados por entregas reduzidas”.